Como melhorar a amamentação

quarta-feira, março 28, 2018 Vivian Loreti 0 Comments



Olá, meus amores!

Todo mundo sabe o quanto a maternidade é maravilhosa, não é mesmo? Quando novas mamães têm seus bebês, não param um segundo de falar sobre como tudo isso é cansativo, mas que vale muito a pena. Tem gente tipo eu que não consegue mudar de assunto! O que pouca gente fala é como é difícil! E, entre todas as dificuldades (não vou nem mencionar o sono limitado, as novas experiências, o aprendizado lento, etc), para muitas mães de primeira viagem a maior delas é justamente a mais importante: a amamentação.

Meninas, depois de uma semana do nascimento de Otto, a minha vida estava de cabeça pra baixo! Isso porque os meus seios estavam TÃO rachados e doloridos que a hora da amamentação era um pesadelo. Sabe quando você cai da bicicleta e esfola o joelho no asfalto? Agora imagine esfolar o mesmo lugar a cada 3 horas durante 30 minutos seguidos. Quando você pensa que o joelho vai sarar, lá vai a bicicleta te chamar pra dar uma voltinha de novo! Chega uma hora que você está tão cansada, tão dolorida física e emocionalmente que tudo que você quer é que a bicicleta durma por 12 horas seguidas. E esse sentimento é tão forte dentro de você que tudo o que consegue fazer, diante da dor, é gritar e chorar, rezando pra Deus te curar o mais rápido possível.

A culpa me sufocava. Enquanto eu chorava de dor e as lágrimas caíam no rostinho do meu filho quando ele tentava mamar, tão inocente, eu me desesperava de culpa. Até que, depois de chorar durante 2 horas seguidas em uma madrugada, eu decidi que precisava de ajuda.

Entrei em contato com o Grupo Online de Orientação em Amamentação - GOOA e conversei com a Sabrina Schetine, que me passou algumas matérias para ler e me fez algumas perguntas. Gente, aquilo foi libertador! Sugiro a todas que tenham qualquer dificuldade na amamentação que procurem ajuda, seja com grupos online, no Banco de Leite da sua cidade ou com consultoras de aleitamento profissionais. 

Depois que entendi que tudo o que eu estava fazendo era ERRADO e que isso é completamente NORMAL, a minha postura em relação à amamentação mudou. Criei um passo-a-passo com base na leitura indicada pelo grupo, procurei assistir vídeos ensinando a amamentar no YouTube e toda vez que Otto ia mamar, eu seguia todo o passo-a-passo, até que ele se tornou automático. Eu nem reparo mais que faço isso hoje em dia, tudo acabou se tornando parte da rotina. 

E quer saber? Não sinto mais nenhuma dor! Zero. A minha experiência com a amamentação mudou drasticamente de um pesadelo pra hora mais emocionante da minha vida. Não há mais dor, nem medo, só amor e felicidade na troca de energia entre o bebê e eu.

Lembrando que VOCÊ NÃO É MENOS MÃE se não conseguir amamentar por algum motivo pessoal e se nada disso, nem com ajuda profissional, você tiver sucesso. Cada pessoa é diferente e é importantíssimo aceitar isso nesse processo tão delicado.

E como eu fiz pra superar tudo isso?

O passo-a-passo:


Basicamente o que faço começa no momento em que decido que é hora de dar de mamar. Agora é hora de pegar o papel e a caneta pra anotar tudinho porque vou deixar aqui embaixo o meu roteiro para quem quiser entender melhor:

1) - Acalme o bebê:
Com o bebê chorando e nervoso, se torna mais difícil ainda dar de mamar. Um bebê afobado não se alimenta direito, portanto, é hora de acalmá-lo primeiro antes de oferecer o peito.

2) - Alterne o seio em cada mamada: 
É importante para encher o peito e também para ajudar na cicatrização.

3) - Tire os primeiros jatos de leite antes de começar:
Quanto mais cheio a mama estiver, mais dificuldade o bebê vai encontrar, podendo até se engasgar ou regurgitar durante ou depois de mamar. 

4) - Coloque uma toalha embaixo do seio:
Ajuda a levantá-lo e a regular a altura para facilitar a pega, além de deixar uma mão livre.

5) - Segurar o peito em C:
O dedão fica para cima, formando a letra "c" com a mão (assim como a foto acima). A posição ajuda a controlar melhor o fluxo. A famosa pinça (com os dedos em formato de tesoura) tende a diminuir ou aumentar a quantidade de leite que sai para a boca do bebê.

6) - Ajudar o bebê a fazer a pega correta:
Boca em formato de peixinho (lábios para fora), na qual a parte inferior do maxilar mexe mais do que a superior. É importante que o bebê pegue a maior parte da aréola e não apenas o bico.

7) - Não usar nenhum tipo de bico artificial:
Mamadeira, chupeta ou silicone podem causar o desmame precoce e a confusão de bicos. 

8) - Livre, leve e solto:
Depois de amamentar, deixar o seio ao ar livre, se puder, e se não puder, enrolar em forma de rosquinha uma fralda de pano ao redor do peito para evitar que o mamilo encoste na roupa.

9) - Fazer o teste da linguinha:
É importante para saber se o bebê tem a língua presa, o que dificulta a amamentação.

No meu caso, Otto terá que fazer o pique no freno lingual, muito embora o pediatra tenha dito que como ele "aprendeu" a mamar, o odontopediatra não aceitará fazer o procedimento. Como o bonito tá de férias, vamos esperar o retorno e eu conto aqui o resultado dessa lambança.

Material de apoio:


Meninas, se vocês estiverem com problemas ou conhecerem alguém passando por dificuldade na amamentação, sugiro que procurem ajuda e que deem uma olhada nesse material, que me ajudou demaaaaaais!

1 - Correção da Pega
2 - A Importância da Correção da Pega
3 - 10 Maiores Erros que as Mães que Querem Amamentar Cometem
4 - Teoria da Extero-gestação


Espero que ajude! Contem aqui nos comentários se passaram por isso também.





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