Existe posição correta para dormir na gravidez?



Toda grávida que já está ou já passou do segundo trimestre da gestação sabe o quanto é difícil encontrar uma posição confortável na hora de dormir. A barriga pesa, a costela dói, o bebê chuta e as costas latejam, entre tantos outros desconfortos que surgem logo na hora do descanso, não é mesmo? 

Estudos recentes feitos por britânicos e neozelandeses, que foi publicado pelo BJOG: An International Journal of Obstetrics and Gynaecology (em tradução livre "Um diário internacional de obstetrícia e ginecologia"), mostra que de todas as posições, dormir de costas no fim da gravidez pode ser a pior escolha.

A pesquisa

Os 291 casos de gestação interrompida confirmam que o risco maior de aborto no fim da gravidez está entre as mães que dormem de costas durante o terceiro trimestre da gestação.

Qual é o melhor lado para dormir?

Apesar de ainda não haver consenso em qual é a melhor posição para a gestante dormir, esta atual pesquisa mostrou que não há um melhor lado: ambos direito ou esquerdo são boas opções para as mamães. No entanto, estudos anteriores observam que quando a mulher está deitada do lado esquerdo, o bebê recebe um maior fluxo de sangue e oxigênio através do cordão umbilical.

Dicas para dormir melhor

Como dormir pode ter se tornado um desafio, separamos algumas dicas aprovadas por médicos e gestantes, para você conseguir descansar melhor:

1 - Usar almofadas e travesseiros que te seguram na posição mais confortável garante que você não tenha surpresas desconfortáveis durante a noite.

2 - Um travesseiro grosso entre as pernas dá suporte ao seu peso e ajuda a evitar dores na coluna e na costela.

3 - Roupas confortáveis e largas são sempre a melhor escolha.

4 - Fazer refeições leves antes de dormir previne a azia e a má digestão.

5 - Meditação e exercícios de respiração são uma boa saída para aqueles que querem um pouco mais de relaxamento na hora de ir pra cama. 


E se você acordar de barriga para cima no meio da noite? O que fazer?
Não se preocupe, isso acontece! Não somos robôs. Simplesmente vire de lado e tenha uma ótima noite de sono!


O que comprar no enxoval do bebê?



Olá, meus amores!

Sempre que converso com alguma mamãe de primeira viagem, um tópico sempre entra em discussão: o que comprar para o enxoval do bebê

É tanta coisa pra lembrar que a gente fica até meio louca, não é verdade? Não seria o máximo se já estivesse tudo pronto, em uma lista, esperando bonitinho pra gente ler e levar na loja pra comprar? 

Pois seus problemas acabaram (hahaha)! Uma amiga me pediu a minha planilha pra download e eu pensei em quem? Em vocês, é claro. Afinal, uma mana ajuda a outra nesse lugar e é pra isso que estamos aqui, né não? Por isso mesmo estou disponibilizando pra vocês a planilha que eu criei e editei durante toda a gestação e os primeiros dias do bebê. 

Gente, sem brincadeira, eu usei exatamente tudo o que eu comprei que está listado ali.

Ela é super prática: são 3 abas, uma para o bebê, uma para a mamãe e outra para o quarto. Você pode adicionar ou excluir abas, incluir ítens, pintar, decorar, fazer o que bem entender. Você vai se organizar com o que tem ou o que ainda precisa comprar com a coluna "Quantidade Atual". Ali é para escrever quantos daquele item você já tem, assim não compra coisas que já tem demais ou que não vai precisar.

Gostou da ideia? Então CLIQUE AQUI para acessar a planilha e imprimir ou fazer o download!

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Como melhorar a amamentação



Olá, meus amores!

Todo mundo sabe o quanto a maternidade é maravilhosa, não é mesmo? Quando novas mamães têm seus bebês, não param um segundo de falar sobre como tudo isso é cansativo, mas que vale muito a pena. Tem gente tipo eu que não consegue mudar de assunto! O que pouca gente fala é como é difícil! E, entre todas as dificuldades (não vou nem mencionar o sono limitado, as novas experiências, o aprendizado lento, etc), para muitas mães de primeira viagem a maior delas é justamente a mais importante: a amamentação.

Meninas, depois de uma semana do nascimento de Otto, a minha vida estava de cabeça pra baixo! Isso porque os meus seios estavam TÃO rachados e doloridos que a hora da amamentação era um pesadelo. Sabe quando você cai da bicicleta e esfola o joelho no asfalto? Agora imagine esfolar o mesmo lugar a cada 3 horas durante 30 minutos seguidos. Quando você pensa que o joelho vai sarar, lá vai a bicicleta te chamar pra dar uma voltinha de novo! Chega uma hora que você está tão cansada, tão dolorida física e emocionalmente que tudo que você quer é que a bicicleta durma por 12 horas seguidas. E esse sentimento é tão forte dentro de você que tudo o que consegue fazer, diante da dor, é gritar e chorar, rezando pra Deus te curar o mais rápido possível.

A culpa me sufocava. Enquanto eu chorava de dor e as lágrimas caíam no rostinho do meu filho quando ele tentava mamar, tão inocente, eu me desesperava de culpa. Até que, depois de chorar durante 2 horas seguidas em uma madrugada, eu decidi que precisava de ajuda.

Entrei em contato com o Grupo Online de Orientação em Amamentação - GOOA e conversei com a Sabrina Schetine, que me passou algumas matérias para ler e me fez algumas perguntas. Gente, aquilo foi libertador! Sugiro a todas que tenham qualquer dificuldade na amamentação que procurem ajuda, seja com grupos online, no Banco de Leite da sua cidade ou com consultoras de aleitamento profissionais. 

Depois que entendi que tudo o que eu estava fazendo era ERRADO e que isso é completamente NORMAL, a minha postura em relação à amamentação mudou. Criei um passo-a-passo com base na leitura indicada pelo grupo, procurei assistir vídeos ensinando a amamentar no YouTube e toda vez que Otto ia mamar, eu seguia todo o passo-a-passo, até que ele se tornou automático. Eu nem reparo mais que faço isso hoje em dia, tudo acabou se tornando parte da rotina. 

E quer saber? Não sinto mais nenhuma dor! Zero. A minha experiência com a amamentação mudou drasticamente de um pesadelo pra hora mais emocionante da minha vida. Não há mais dor, nem medo, só amor e felicidade na troca de energia entre o bebê e eu.

Lembrando que VOCÊ NÃO É MENOS MÃE se não conseguir amamentar por algum motivo pessoal e se nada disso, nem com ajuda profissional, você tiver sucesso. Cada pessoa é diferente e é importantíssimo aceitar isso nesse processo tão delicado.

E como eu fiz pra superar tudo isso?

O passo-a-passo:


Basicamente o que faço começa no momento em que decido que é hora de dar de mamar. Agora é hora de pegar o papel e a caneta pra anotar tudinho porque vou deixar aqui embaixo o meu roteiro para quem quiser entender melhor:

1) - Acalme o bebê:
Com o bebê chorando e nervoso, se torna mais difícil ainda dar de mamar. Um bebê afobado não se alimenta direito, portanto, é hora de acalmá-lo primeiro antes de oferecer o peito.

2) - Alterne o seio em cada mamada: 
É importante para encher o peito e também para ajudar na cicatrização.

3) - Tire os primeiros jatos de leite antes de começar:
Quanto mais cheio a mama estiver, mais dificuldade o bebê vai encontrar, podendo até se engasgar ou regurgitar durante ou depois de mamar. 

4) - Coloque uma toalha embaixo do seio:
Ajuda a levantá-lo e a regular a altura para facilitar a pega, além de deixar uma mão livre.

5) - Segurar o peito em C:
O dedão fica para cima, formando a letra "c" com a mão (assim como a foto acima). A posição ajuda a controlar melhor o fluxo. A famosa pinça (com os dedos em formato de tesoura) tende a diminuir ou aumentar a quantidade de leite que sai para a boca do bebê.

6) - Ajudar o bebê a fazer a pega correta:
Boca em formato de peixinho (lábios para fora), na qual a parte inferior do maxilar mexe mais do que a superior. É importante que o bebê pegue a maior parte da aréola e não apenas o bico.

7) - Não usar nenhum tipo de bico artificial:
Mamadeira, chupeta ou silicone podem causar o desmame precoce e a confusão de bicos. 

8) - Livre, leve e solto:
Depois de amamentar, deixar o seio ao ar livre, se puder, e se não puder, enrolar em forma de rosquinha uma fralda de pano ao redor do peito para evitar que o mamilo encoste na roupa.

9) - Fazer o teste da linguinha:
É importante para saber se o bebê tem a língua presa, o que dificulta a amamentação.

No meu caso, Otto terá que fazer o pique no freno lingual, muito embora o pediatra tenha dito que como ele "aprendeu" a mamar, o odontopediatra não aceitará fazer o procedimento. Como o bonito tá de férias, vamos esperar o retorno e eu conto aqui o resultado dessa lambança.

Material de apoio:


Meninas, se vocês estiverem com problemas ou conhecerem alguém passando por dificuldade na amamentação, sugiro que procurem ajuda e que deem uma olhada nesse material, que me ajudou demaaaaaais!

1 - Correção da Pega
2 - A Importância da Correção da Pega
3 - 10 Maiores Erros que as Mães que Querem Amamentar Cometem
4 - Teoria da Extero-gestação


Espero que ajude! Contem aqui nos comentários se passaram por isso também.





Relato de parto (e gravidez)



Olá, meus amores! 

Depois de algum (longo) tempo, voltei! E voltei cheia de saudades e novidades pra compartilhar com vocês. Nem sei por quanto tempo fiquei sem dar as caras, estava tão enrolada com a faculdade, com os problemas de ansiedade e com essa novidade deliciosa que não conseguia arrumar um tempo para escrever. 

Aliás, até pensei em excluir o blog, basicamente porque não me sentia a mesma pessoa que escrevia aqui antigamente, sei lá. Mas essa novidade mudou completamente o rumo da minha vida, mexeu com meus polos e eu quis correr para cá pra contar tudinho pra vocês. Na verdade, não é exatamente uma novidade pra maioria, já que eu basicamente publiquei no Diário Oficial, não é mesmo, minha gente? Kkk Mas, então, PARI, BRASIIILLL!!! Agora que já acabou o meu puerpério e está tudo bem com a gente, resolvi escrever sobre os dias mais maravilhosos e assustadores DA MINHA VIDAA! Dei à luz a um lindo menininho em fevereiro, e os detalhes disso você lê agora. Senta, que lá vem história.


Tudo começou com uma menstruação atrasada e muitas dores nos peitos, lá em julho de 2017. Depois de muita insistência do Lucas, fui lá e comprei um teste de farmácia, super sem acreditar, gente. Na verdade, quem comprou foi ele. Eu mesma fiquei com as sacolas de compras do lado de fora da farmácia, revirando os olhos kkk Cheguei em casa, fui ao banheiro sabendo que não ia dar em nada e aí... Uma hora de lágrimas  e soluços! 



Um positivo desses, bicho! Levei MESES até cair a ficha. Mas uma coisa é certa: mesmo com todas as dificuldades do terceiro trimestre, o primeiro foi o ~pior~, por assim dizer, porque o medo de um aborto era sufocante. Gente, eu acordava pra fazer xixi e olhava a calcinha pra ver se tinha sangue. Graças a Deus deu tudo certo!

Descobri a gravidez com 6 semanas e, apesar do sono e do enjoo, tudo foi absolutamente perfeito até o sétimo mês. 


Presta atenção que é aí que a história complica. Em todas as ultras desde a 20ª semana, meu líquido amniótico - que é onde o bebê fica de boa, nadando, dentro da placenta - estava parecendo estar bem reduzido. Só que a gente só conseguiria ter certeza na 26ª semana. E, claro, estava super reduzido. Gente, o negócio estava tão feio que eu tive que fazer uma ultra por semana porque isso é absurdamente perigoso pro bebê. Minha médica marcou minha cesária para o dia 13 de fevereiro pra evitar qualquer problema. 

Pois bem, a vida seguiu, minha sogra comprou as passagens pra cá, deixamos várias coisas pra resolver dias antes do parto. Fui à praia no domingo e foi maravilhoso! Na quarta-feira, dia 7 de fevereiro, tive consulta do pré-natal e minha pressão estava um tiquinho mais alta que o normal, mas fui pra casa normalmente. 


Na quinta, dia 8, o dia amanheceu estranho, sabe como é? Não parecia um dia normal. Tinha tanta coisa pra fazer e a única coisa que eu conseguia pensar era "preciso ver minha pressão". Eu não sentia absolutamente NADA além dessa vontade de ir ao médico. No condomínio onde moro tem um ambulatório e, obviamente, quando eu precisava estava o quê? Fechado, né. Aí chamei o Lucas pra me levar na UPA, que é aqui pertinho de casa, pela comodidade. A enfermeira, quando aferiu minha pressão, mandou eu ir diretamente para a primeira maternidade que eu visse na frente. Simples, assim! 

Aí eu fui, né? Entrei em qualquer maternidade, uma que eu não conhecia, não era o meu hospital do plano, mas entrei por ser mais perto de onde eu estava.

Corta para a consulta do pré-natal da quarta-feira. Gente, o Otto estava previsto para vir no dia 13, e como era carnaval, a minha obstetra não poderia fazer o meu parto. Ela contratou outra médica pra fazer no lugar dela, alguém que eu nunca tinha visto. Volta para a maternidade no dia 8.

Depois de alguns exames, fui ver a médica. Vocês acreditam em destino? A médica de plantão na maternidade aleatória que entrei, era justamente a médica que faria o meu parto! Descobrimos porque comentei que iria parir no dia 13 no hospital X, aí ela leu o nome da minha médica no cartão da gestante e voilà! PORÉM, no instante em que ela pegou o resultado dos exames, a cara dela mudou. Ela ligou para a minha obstetra, que é amiga dela, e aí vem a notícia: 

"Encontramos uma alteração no seu exame e vamos precisar interromper a sua gestação."

A minha cara era a da Nazaré fazendo cálculos. Aí ela foi mais direta ainda:

"Vá imediatamente para o seu hospital, a doutora Lilian já preparou toda a equipe, eles estão te esperando pra fazer a sua cesária hoje."

Gente, eu só chorava! De medo, de ansiedade, de curiosidade, de amor, de tudo! Minha sogra não tinha chegado, a passagem era para dois dias depois. Estávamos só o Lucas e eu! Só deu tempo de tomar banho e pegar as malas e correr para o hospital!


Às 22:02 do dia 08/02/2018, Otto Loreti veio ao mundo com 3.330kg e 45 centímetros de puro amor e fome! Nasceu espirrando. Três seguidos. O dia mais louco se tornou o mais emocionante da minha vida depois de um espirro!

Éramos só nós três na ala cirúrgica, início do carnaval, zero bebês nascendo além do meu. Ficamos um pouco mais de 24 horas na maternidade antes da alta, cada segundo era uma aventura, aprendendo juntos o que era ser mãe e filho. Amamentar. Dar banho. Gente, é cansativo e é tão gostoso! Não trocaria essa experiência por nada nessa vida. 

Depois eu volto pra gente conversar sobre a amamentação. Esse assunto merece 200% de atenção e carinho kkkkk (cada k é uma lágrima).



Obrigada por terem ficado até o final, estava morrendo de saudades daqui!

<3