Olá, meus amores!
Depois de algum (longo) tempo, voltei! E voltei cheia de saudades e novidades pra compartilhar com vocês. Nem sei por quanto tempo fiquei sem dar as caras, estava tão enrolada com a faculdade, com os problemas de ansiedade e com essa novidade deliciosa que não conseguia arrumar um tempo para escrever.
Aliás, até pensei em excluir o blog, basicamente porque não me sentia a mesma pessoa que escrevia aqui antigamente, sei lá. Mas essa novidade mudou completamente o rumo da minha vida, mexeu com meus polos e eu quis correr para cá pra contar tudinho pra vocês. Na verdade, não é exatamente uma novidade pra maioria, já que eu basicamente publiquei no Diário Oficial, não é mesmo, minha gente? Kkk Mas, então, PARI, BRASIIILLL!!! Agora que já acabou o meu puerpério e está tudo bem com a gente, resolvi escrever sobre os dias mais maravilhosos e assustadores DA MINHA VIDAA! Dei à luz a um lindo menininho em fevereiro, e os detalhes disso você lê agora. Senta, que lá vem história.
Tudo começou com uma menstruação atrasada e muitas dores nos peitos, lá em julho de 2017. Depois de muita insistência do Lucas, fui lá e comprei um teste de farmácia, super sem acreditar, gente. Na verdade, quem comprou foi ele. Eu mesma fiquei com as sacolas de compras do lado de fora da farmácia, revirando os olhos kkk Cheguei em casa, fui ao banheiro sabendo que não ia dar em nada e aí... Uma hora de lágrimas e soluços!
Um positivo desses, bicho! Levei MESES até cair a ficha. Mas uma coisa é certa: mesmo com todas as dificuldades do terceiro trimestre, o primeiro foi o ~pior~, por assim dizer, porque o medo de um aborto era sufocante. Gente, eu acordava pra fazer xixi e olhava a calcinha pra ver se tinha sangue. Graças a Deus deu tudo certo!
Descobri a gravidez com 6 semanas e, apesar do sono e do enjoo, tudo foi absolutamente perfeito até o sétimo mês.
Presta atenção que é aí que a história complica. Em todas as ultras desde a 20ª semana, meu líquido amniótico - que é onde o bebê fica de boa, nadando, dentro da placenta - estava parecendo estar bem reduzido. Só que a gente só conseguiria ter certeza na 26ª semana. E, claro, estava super reduzido. Gente, o negócio estava tão feio que eu tive que fazer uma ultra por semana porque isso é absurdamente perigoso pro bebê. Minha médica marcou minha cesária para o dia 13 de fevereiro pra evitar qualquer problema.
Pois bem, a vida seguiu, minha sogra comprou as passagens pra cá, deixamos várias coisas pra resolver dias antes do parto. Fui à praia no domingo e foi maravilhoso! Na quarta-feira, dia 7 de fevereiro, tive consulta do pré-natal e minha pressão estava um tiquinho mais alta que o normal, mas fui pra casa normalmente.
Na quinta, dia 8, o dia amanheceu estranho, sabe como é? Não parecia um dia normal. Tinha tanta coisa pra fazer e a única coisa que eu conseguia pensar era "preciso ver minha pressão". Eu não sentia absolutamente NADA além dessa vontade de ir ao médico. No condomínio onde moro tem um ambulatório e, obviamente, quando eu precisava estava o quê? Fechado, né. Aí chamei o Lucas pra me levar na UPA, que é aqui pertinho de casa, pela comodidade. A enfermeira, quando aferiu minha pressão, mandou eu ir diretamente para a primeira maternidade que eu visse na frente. Simples, assim!
Aí eu fui, né? Entrei em qualquer maternidade, uma que eu não conhecia, não era o meu hospital do plano, mas entrei por ser mais perto de onde eu estava.
Corta para a consulta do pré-natal da quarta-feira. Gente, o Otto estava previsto para vir no dia 13, e como era carnaval, a minha obstetra não poderia fazer o meu parto. Ela contratou outra médica pra fazer no lugar dela, alguém que eu nunca tinha visto. Volta para a maternidade no dia 8.
Depois de alguns exames, fui ver a médica. Vocês acreditam em destino? A médica de plantão na maternidade aleatória que entrei, era justamente a médica que faria o meu parto! Descobrimos porque comentei que iria parir no dia 13 no hospital X, aí ela leu o nome da minha médica no cartão da gestante e voilà! PORÉM, no instante em que ela pegou o resultado dos exames, a cara dela mudou. Ela ligou para a minha obstetra, que é amiga dela, e aí vem a notícia:
"Encontramos uma alteração no seu exame e vamos precisar interromper a sua gestação."
A minha cara era a da Nazaré fazendo cálculos. Aí ela foi mais direta ainda:
"Vá imediatamente para o seu hospital, a doutora Lilian já preparou toda a equipe, eles estão te esperando pra fazer a sua cesária hoje."
Gente, eu só chorava! De medo, de ansiedade, de curiosidade, de amor, de tudo! Minha sogra não tinha chegado, a passagem era para dois dias depois. Estávamos só o Lucas e eu! Só deu tempo de tomar banho e pegar as malas e correr para o hospital!
Às 22:02 do dia 08/02/2018, Otto Loreti veio ao mundo com 3.330kg e 45 centímetros de puro amor e fome! Nasceu espirrando. Três seguidos. O dia mais louco se tornou o mais emocionante da minha vida depois de um espirro!
Éramos só nós três na ala cirúrgica, início do carnaval, zero bebês nascendo além do meu. Ficamos um pouco mais de 24 horas na maternidade antes da alta, cada segundo era uma aventura, aprendendo juntos o que era ser mãe e filho. Amamentar. Dar banho. Gente, é cansativo e é tão gostoso! Não trocaria essa experiência por nada nessa vida.
Depois eu volto pra gente conversar sobre a amamentação. Esse assunto merece 200% de atenção e carinho kkkkk (cada k é uma lágrima).
Obrigada por terem ficado até o final, estava morrendo de saudades daqui!
<3